domingo, 18 de março de 2012

Meditação melhora respostas físicas e emocionais ao estresse

 
29/10/2008

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=meditacao-melhora-respostas-fisicas-e-emocionais-ao-estresse&id=3521 

Kathi Baker

 
Meditação da compaixão
Dados de uma nova pesquisa sugerem que indivíduos que se engajam na meditação da compaixão podem se beneficiar de reduções nas respostas inflamatórias e comportamentais ao estresse, que estão ligadas à depressão e a um grande número de doenças. O estudo foi publicado no jornal médico Psychoneuroendocrinology.

"Embora se tenha dado muito atenção às práticas de meditação que enfatizam o processo de acalmar a mente, a melhoria da concentração da atenção ou o desenvolvimento da mente alerta, sabe-se pouco sobre as práticas de meditação desenvolvidas especificamente para incentivar a compaixão," diz Geshe Lobsang Tenzin Negi, que desenvolveu o aplicou o programa de meditação usado na pesquisa.


Efeitos da meditação
Este estudo concentrou-se nos efeitos da meditação da compaixão sobre as respostas inflamatórias, neuroendócrinas e comportamentais ao estresse psicológico, e avaliou o grau no qual o engajamento na prática da meditação influencia a reatividade ao estresse.

"Nossas descobertas sugerem que as práticas de meditação projetadas para aprimorar a compaixão podem impactar rotas fisiológicas que são moduladas pelo estresse e que são relevantes para doenças," explica o Dr. Charles L. Raison, diretor clínico do Programa Mente-Corpo da Universidade de Emory e coordenador da pesquisa.

Participaram da pesquisa 61 estudantes saudáveis com idades entre 17 e 19 anos. Metade dos participantes foram selecionados aleatoriamente para receber seis semanas de treinamento em meditação da compaixão e metade foi selecionada para participar de um grupo de controle de discussão sobre saúde.


Meditação Lojong
Embora secular em sua apresentação, o programa de meditação da compaixão foi baseada em uma prática milenar do Budismo Tibetano conhecida no Tibete como "Lojong".

A prática da Logonj utiliza um enfoque analítico e cognitivo para desafiar os pensamentos e emoções inexplorados de uma pessoa em relação a outra, com um objetivo de longo prazo de desenvolver emoções e comportamentos altruísticos com relação a todas as pessoas. Cada sessão de meditação combina aprendizado, discussão e prática da meditação.

O grupo de controle participou de aulas desenvolvidas pelos pesquisadores sobre tópicos relevantes para a saúde física e mental de estudantes, tais como gerenciamento do estresse, abuso de drogas e desordens de alimentação. Além disso, foi desenvolvida uma grande quantidade de atividades com a participação dos estudantes, tais como debates simulados e atividades lúdicas.


Testes de estresse
Depois que o período de estudos e práticas terminou, os estudantes participaram de um teste de estresse em laboratório para investigar como os sistemas endócrinos e inflamatórios respondiam ao estresse psicológico.

Não foram verificadas diferenças entre os estudantes do grupo de meditação da compaixão e do grupo de controle, mas, dentro do grupo de meditação, houve uma forte correlação entre o tempo despendido na prática da meditação e a redução nas respostas emocionais e inflamatórias em resposta aos fatores estressantes.

De forma consistente com esta descoberta, quando o grupo de meditação foi dividido em grupos de muita prática e pouca prática, os participantes no grupo de muita prática mostraram reduções nas respostas quando comparados com o grupo de pouca prática e com o grupo de controle.

Recentemente um outro estudo comprovou os benefícios para a saúde de um outro tipo de meditação, a meditação da mente alerta - veja Meditação da mente alerta diminui progressão do HIV.

Meditação transcendental reseta o cérebro ao seu estado natural

 http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=meditacao-transcendental-reseta-cerebro-estado-natural&id=5063

08/03/2010

Redação do Diário da Saúde


A técnica da Meditação Transcendental ativa o modo default das redes neurais, uma espécie de modo padrão, natural, do cérebro.[Imagem: Cognitive Processing, Volume 11 (2010), Issue 1]




Resetando o cérebro
Um estudo realizado entre estudantes universitários na Universidade Americana descobriu que eles conseguem ativar o modo default  das suas redes neurais - uma espécie de modo padrão, natural, do cérebro - durante a prática da técnica da Meditação Transcendental.

O estudo, aleatório e controlado, com duração de três meses, e que utilizou exames de eletroencefalografia para monitorar o cérebro durante a prática da meditação, será publicado em uma edição especial da revista de neurociências Cognitive Processing.


Estado natural do cérebro
São as seguintes as principais conclusões do estudo:

A Meditação Transcendental produz um estado único de "vigília tranquila", como se pode verificar na potência alfa significativamente mais elevada no córtex frontal e das ondas beta e gama mais baixas nas mesmas áreas frontais durante a prática da meditação.

A Meditação Transcendental cria uma maior coerência alfa entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro, sugerindo que o cérebro está funcionando como um todo.

A Meditação Transcendental aumenta a sensação individual do "self" ativando o que os neurocientistas chamam de "modo padrão da rede" no cérebro.

Este é considerado o estado natural do cérebro, vislumbrado pelos neurocientistas durante o descanso de olhos fechados, mas é muito mais amplamente ativado durante a prática da meditação transcendental.


Meditar e descansar de olhos fechados

"A descoberta das diferenças significativas das ondas cerebrais entre os alunos que praticavam a técnica de Meditação Transcendental e aqueles que simplesmente descansavam com os olhos fechados é particularmente convincente, porque os participantes foram divididos aleatoriamente entre as duas situações, e o teste foi conduzido por um pesquisador que desconhecia a condição experimental a que os participantes estavam sendo submetidos," disse David Haaga, professor de psicologia na Universidade Americana e coautor do estudo.

"Pesquisas já haviam demonstrado que simplesmente fechar os olhos e relaxar reforça o modo padrão do cérebro. Um achado adicional significativo deste novo estudo é que a atividade no modo padrão aumenta durante a Meditação Transcendental quando comparada ao simples descanso de olhos fechados,", disse Fred Travis, outro participante da pesquisa.


Benefícios da meditação
"Diferentes técnicas de meditação implicam vários graus de controle cognitivo. Assim, padrões de ativação do modo padrão da rede cerebral podem dar dicas sobre a natureza das práticas de meditação," conclui ele.

Pesquisas publicadas anteriormente comprovaram que a prática da Meditação Transcendental diminui a pressão arterial, a aterosclerose e o colesterol e diminuem os riscos de derrame e insuficiência cardíaca e é eficaz contra déficit de atenção e a hiperatividade.

Veja ainda a reportagem Dê um passo atrás para avançar emocionalmente.

Interpretação feminista do relato da criação


http://www.ihu.unisinos.br/noticias/41860-interpretacao-feminista-do-relato-da-criacao

As teólogas feministas "ao resgatarem o relato mais arcaico, feminista, da criação, elas visam propor uma alternativa mais originária e positiva na qual apareça uma relação nova com a vida, com os gêneros, com o poder, com o sagrado e com a sexualidade", escreve Leonardo Boff, teólogo.

Eis o artigo.
As teólogas feministas nos despertaram para traços antifeministas no atual relato da criação de Eva (Gn 1,18-25) e da queda original (Gn 3,1-19), o que veio reforçar na cultura o preconceito contra as mulheres. Consoante este relato, a mulher é formada da costela de Adão que, ao vê-la, exclama: "eis os ossos de meus ossos, a carne de minha carne; chamar-se-á varoa (hebraico: ishá) porque foi tirada do varão (ish); por isso o varão deixará pai e mãe para se unir a sua varoa: e os dois serão uma só carne”(2,23-25).

O sentido originário visava mostrar a unidade homem/mulher. Mas, a anterioridade de Adão e a formação a partir de sua costela foi, porém, interpretada como superioridade masculina. O relato da queda soa também antifeminista: "Viu, pois, a mulher que o fruto daquela árvore era bom para comer..tomou do fruto e o comeu; deu-o também a seu marido e comeu; imediatamente se lhes abriram os olhos e se deram conta de que estavam nus”(Gn 3,6-7).

Interpreta-se a mulher como sexo fraco, pois foi ela que caiu na tentação e, a partir daí, seduziu o homem. Eis a razão de seu submetimento histórico, agora ideologicamente justificado: "estarás sob o poder de teu marido e ele te dominará”(Gn 3,16).

Há uma leitura mais radical, apresentada por duas teólogas feministas, entre outras: Riane Eisler (Sacred Pleasure, Sex Myth and the Politics of the Body,1995) e Françoise Gange (Les dieux menteurs 1997) que aqui resumo.

Estas autoras partem do dado histórico de que houve uma era matriarcal anterior à patriarcal. Segundo elas, o relato do pecado original seria introduzido no interesse do patriarcado como uma peça de culpabilização das mulheres para arrebatar-lhes o poder e consolidar o domínio do homem. Os ritos e os símbolos sagrados do matriarcado teriam sido diabolizados e retroprojetados às origens na forma de um relato primordial, com a intenção de apagar totalmente os traços do relato feminino anterior. O atual relato do pecado original coloca em xeque os quatro símbolos fundamentais do matriarcado.

O primeiro símbolo atacado é a mulher em si que na cultura matriarcal representava o sexo sagrado, gerador de vida. Como tal ela simbolizava a Grande-Mãe. Agora é feita a grande sedutora.

No segundo, desconstrói-se o símbolo da serpente que representava a sabedoria divina que se renovava sempre como se renova a pele da serpente.

No terceiro, desfigura-se a árvore da vida, tida como um dos símbolos principais da vida, gestada pelas mulheres, agora colocada sob o interdito: "não comais nem toqueis de seu fruto” (3,3).

No quarto, se distorce o caráter simbólico da sexualidade, tida como sagrada, pois permitia o acesso ao êxtase e ao conhecimento místico, representada pela relação homem-mulher.

Ora, o que faz o atual relato do pecado original? Inverte totalmente o sentido profundo e verdadeiro desses símbolos. Desacraliza-os, diaboliza-os e transforma o que era bênção em maldição.

A mulher é eternamente maldita, feita um ser inferior, sedutora do homem que "a dominará” (Gen 3,16). O poder de dar a vida será realizado entre dores (Gn 3,16).
A serpente será maldita, feita inimigo fidagal da mulher que lhe ferirá a cabeça mas que será mordida no calcanhar (Gn 3,15).

A árvore da vida e da sabedoria cai sob o signo do interdito. Antes, na cultura matriarcal, comer da árvore da vida era se imbuir de sabedoria. Agora comer dela significa perigo letal (Gn 3,3).

O laço sagrado entre o homem e a mulher é substituído pelo laço matrimonial, ocupando o homem o lugar de chefe e a mulher de dominada (Gn 3,16).

Aqui se operou uma desconstrução profunda do relato anterior, feminino e sacral. Hoje todos somos, bem ou mal, reféns do relato adâmico, antifeminista e culpabilizador como está no Gênesis.

Por que escrever sobre isso? É para reforçar o trabalho das teólogas feministas que nos apontam quão profundas são as raízes da dominação das mulheres. Ao resgatarem o relato mais arcaico, feminista, elas visam propor uma alternativa mais originária e positiva na qual apareça uma relação nova com a vida, com os gêneros, com o poder, com o sagrado e com a sexualidade.

Religião: a fronteira final do feminismo?

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/507495-religiao-a-fronteira-final-do-feminismo


Há igrejas em que as mulheres não estão autorizadas a falar em voz alta, a menos que primeiro obtenham a permissão de um homem. Há igrejas (muitas delas) em que as mulheres não têm a permissão de pregar no púlpito. Há igrejas em que um menino de 13 anos tem mais autoridade do que a sua mãe.

A opinião é de Lisa Miller, editora de religião da revista Newsweek, em artigo publicado no jornal Washington Post, 08-03-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 
Eis o texto.

A batalha dos sexos, travada nesta temporada de eleições com uma fúria excessiva no espaço público, está sendo combatida em uma esfera muito mais dolorosa e privada também. Nas igrejas (e sinagogas e mesquitas) em toda a terra, as mulheres ainda são tratadas como cidadãs de segunda classe. E, como as mulheres de fé são cada vez mais chefes de família e mães solteiras, esse status diminuído está começando a se inflamar.

Há igrejas nos EUA em que as mulheres não estão autorizadas a falar em voz alta, a menos que primeiro obtenham a permissão de um homem.

Há igrejas (muitas delas) em que as mulheres não têm a permissão de pregar no púlpito.

Há igrejas nos EUA em que um menino de 13 anos tem mais autoridade do que a sua mãe.

"Na igreja, eu tinha que esconder os meus pensamentos, questões e escolhas de vida", diz Susan, uma mulher que trabalha como terapeuta em Seattle e que, depois uma vida inteira seguindo Jesus, abandonou o cristianismo. "Eu achava que eu não podia fazer nada por mim mesma, porque, como uma mulher cristã, eu aprendera que eu precisava de um homem para chegar a algum lugar".

A história de Susan foi publicada em janeiro por uma pequena editora cristã no livro The Resignation of Eve [A resignação de Eva]. Em suas páginas, o autor, um pastor evangélico chamado Jim Henderson, afirma que, a menos que as lideranças masculinas das igrejas cristãs conservadores façam um sério exame de consciência – e logo –, as mulheres que sempre sustentaram essas igrejas com o seu tempo, seu suor e seu dinheiro irão embora. Em massa. E não vão mais voltar. Seus filhos, tradicionalmente levados à igreja por suas mães, assim, vão se juntar ao crescente número de norte-americanos que se chamam de un-churched [sem igreja].

Não interessa que a Bíblia fale sobre mulheres que se submetem a homens e se sentam silenciosamente na igreja, declama Henderson. Isso é história antiga. "Até que aqueles que têm poder (homens) decidam dá-lo àquelas que não o têm (mulheres), eu acredito que continuaremos deturpando o coração de Jesus e desfigurando a beleza do seu Reino", escreve Henderson.

Henderson reforça seu argumento com dados do Grupo de Pesquisa Barna. Entre 1991 e 2011, o número de mulheres adultas que frequentavam a igreja semanalmente diminuiu 20%. O número de mulheres que iam à escola dominical caiu cerca de um terço, assim como o número de mulheres que faziam trabalhos voluntários na Igreja.

E, embora os dados do Barna tenham sido contestados por outros pesquisadores, Henderson vai mais longe. Mesmo as mulheres que vão à igreja regularmente, diz ele, são realmente apenas a metade: seu descontentamento as impede de se engajar totalmente no projeto de ser cristão. Ele chama esse mal-estar entre as mulheres de "uma fuga de capital espiritual".

Eu penso nessas fiéis conservadoras nesta temporada política, lutando para sobreviver e manter seus olhos em Deus, enquanto os homens de direita, também conhecidos como "o patriarcado", as desrespeitam e as insultam.

Não é apenas Rush Limbaugh [comentarista político conhecido por suas posições republicanas] que avilta todas as mulheres ao chamar uma delas de "vagabunda" e de "prostituta". Também é Rick Santorum [candidato católico republicano à presidência dos EUA] – aquele homem de fé – que chegou quase a chamar as mães trabalhadoras de egoístas e que trata todas as mães solteiras como a sua "oposição", como ele fez em uma entrevista com Tony Perkins do Family Research Council no ano passado. "Elas olham para o governo pedindo ajuda e vão votar", disse Santorum. "Por isso, se quisermos reduzir a vantagem democrata, o que precisamos fazer é construir famílias biparentais".

Também é cada medida política que coloca o chamado "pequeno governo" à frente da saúde, do bem-estar e da educação das crianças.

Eu penso nas blogueiras do Feminist Mormon Housewives que insistem sobre a sua devoção à Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, embora sensivelmente rebelando-se contra os ensinamentos que tornam as mulheres inferiores aos homens.

Eu penso nas mulheres da Aliança Feminista Judaica Ortodoxa, que, barradas dos papéis de liderança na sinagoga, estão começando pequenos grupos de oração por conta própria, onde podem celebrar rituais do ciclo de vida judaico em conjunto.

Penso em Kelly, uma personagem do livro de Henderson que, depois de defender as mulheres no ministério de sua igreja, recebeu o tratamento de silêncio do seu pastor durante meses. Kelly saiu dessa igreja e começou um grupo que se reune nas salas de estar das pessoas. Lá, ela é um líder. "Essa é minha igreja, e eu a amo", diz ela. "É uma comunidade que eu cultivo e pastoreio".

As analogias políticas são claras. De acordo com uma nova pesquisa NBC/Wall Street Journal, o presidente Obama ganha em qualquer disputa contra Mitt Romney, Santorum ou Newt Gingrich. Entre as mulheres, porém, seus ganhos são enormes: 18, 24 e 27 pontos, respectivamente.

A menos que os estridentes e autoritários conservadores sociais afrouxem seu domínio repressor sobre as mulheres norte-americanas, as mulheres norte-americanas irão abandonar o Partido Republicano (assim como estão abandonando a Igreja) e irão procurar seus candidatos em outro lugar.

sábado, 17 de março de 2012

A estrada: você tem que percorrê-la sozinho

 (Trechos III; W. Whitman)

Vadio uma jornada perpétua,
Meus sinais são uma capa de chuva e sapatos
         [ confortáveis e um cajado arrancado
         [ do mato ;
Nenhum amigo fica confortável em minha cadeira,
Não tenho cátedra, igreja, nem filosofia;
Não conduzo ninguém à mesa de jantar ou à
         [ biblioteca ou à bolsa de valores,
Mas conduzo a uma colina cada homem e mulher
         [ entre vocês,
Minha mão esquerda enlaça sua cintura,
Minha mão direita aponta paisagens de
         [ continentes, e a estrada pública.

Nem eu nem ninguém vai percorrer essa estrada  pra você,
Você tem que percorrê-la sozinho.

Não é tão longe assim... está
ao seu alcance,
Talvez você tenha andado nela a vida toda e não
         [ sabia,
Talvez a estrada esteja em toda parte sobre a
         [ água e sobre a terra.

Pegue sua bagagem, eu pego a minha, vamos em
         [ frente;
Toparemos com cidades maravilhosas e nações  livres no caminho.

Se você se cansar, entrega os fardos, descansa a
         [ mão macia em meu quadril,
E quando for a hora você fará o mesmo por mim;
Pois depois de partir não vamos mais parar.

Walt Whitman

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia da Mulher - 8 de Março de 2012 -

Algumas postagens interessantes nas comunidades do Orkut que colocarei aqui:

de rubens zárate . 

Castoriadis disse: a mais importante revolução do século XX se fez sem partido, sem comitê central, sem manifesto ou textos centrais. Foi a revolução feminina. Ela ocorreu um pouco por toda a parte. Mulheres que não sabiam, uma da outra, estavam simultaneamente - e muitas vezes sozinhas - lutando pela igualdade e contra a opressão. É impressionante isso.

by renato janine






 
por Eliana G -

História do Dia Internacional da Mulher

Significado do dia 8 de março, lutas femininas, importância da data e comemoração, conquistas das mulheres brasileiras, história da mulher no Brasil, participação política das mulheres, o papel da mulher na sociedade.

Todos sabem que o preconceito é um marco presente na vida da humanidade e a mulher não ficou de fora, em razão dele sofreu grandes perdas.

Ao longo da história, as mulheres estiveram sempre subjugadas às vontades dos homens, a trabalhar como serviçais, sem receber nada pelo seu trabalho ou então ganhavam um salário injusto, que não dava para sustentar sua família.

Em razão desses e tantos outros modos de discriminação, as mulheres se uniram para buscar maior respeito aos seus direitos, ao seu trabalho e à sua vida. 



História do 8 de março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. 
Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
 

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
 




Em todo o mundo, as mulheres são lembradas, neste dia, de forma especial, porém a maior parte das celebrações não interferem, de fato, na dura realidade dessas mulheres.
 
 
Vejamos alguns exemplos aqui no Brasil: 
• As mulheres são, hoje, 30% dos chefes de familia,
mas ganham, em média apenas 65% do valor dos salários dos homens.

• A situação das mulheres negras é ainda pior, pois chegam a receber salários que representam a metade do valor recebido pelas mulheres brancas.

• Além dessas condições a que estão submetidas, muitas mulheres fazem a dupla jornada de trabalho, porquanto assumem, além do emprego fora de casa, a responsabilidade toatal pelas tarefas domésticas e o cuidado aos filhos.

• Ocorrem 4 milhões de abortos por ano, dos quais 10% das mulheres que o fazem, morrem em consequencia das precarias condições nas quais os mesmos são feitos.

• A cada 4 minutos uma mulher é vitima de algum tipo de agressão em distintas classes sociais.

São fatos como esses que fazem desse dia um dia de luta, para que a diferença biológica que destingue um homem de uma mulher não seja justificativa para a intolerância, a opressão, a desigualdade de direitos e diferentes formas de violência a que as mulheres são submetidas.
  


Fukumaro 福丸 Roberto - 22:06


Os machistas no Dia Internacional da Mulher mulheres...


 vocês embelezam o mundo....

esse vocês já conhecem de outros posts.É aquela pessoa “simpática” que pensa que mulheres são enfeites. Entram na mesma categoria os piegas do “uma flor para outra flor”. Pra essa pessoa, uma mulher é, na verdade, um vaso de flores gigante: enfeita a sala, não se move sozinho, precisa de alguém pra mantê-lo vivo, e é mudo.

parabéns por ser mulher


eu, hein? Esse aí pegou o bonde andando e não entendeu nada. Que tal parabenizar as mulheres por, em pouco mais de um século, terem mudado a sociedade completamente, e pra melhor? Que tal parabenizá-las por terem largado uma vida como objetos, e se tornarem sujeitos de direito? Que tal parabenizá-las por abdicarem de uma vida de inatividade política, e exigirem o direito de votar e serem votadas? Mas não… quem parabeniza a mulher por ser mulher não percebe nada disso. Pra ele, o que importa é que a mulher é a coisa mais importante do mundo. Desde que caladinha, obediente, delicada, amorosa. Ou, em outras palavras, enfeitando o ambiente, igualzinho à opinião do machista do tópico anterior.

eu adoro as mulheres, afinal, nasci de uma


quem fala essa pérola é aquela pessoa que pensa que ser mulher é igual a ser mãe. Um reducionismo impressionante! Homem pode ter profissão, pode ser solteiro, casado, ter filhos, e continua sendo homem… já mulher só é mulher se for mãe. Essa teoria só não explica como classificar alguém que não pertence ao sexo masculino, nem tem filhos.

O curioso é que, nessas horas, não existe pai: eu adoro os homens, afinal, nasci de um… O filho é só da mãe (mas quando se trata de controlar o corpo e a vida da mãe, aí o pai/”dono” aparece rapidinho…)


falta um dia do homem

tadinho, está se sentindo abandonadinho porque não tem um dia com o nome “homem”. Se ele parar de olhar pro próprio umbigo, vai perceber que todos os dias são dos homens, nem precisa de uma data oficial pra isso. São eles que ainda têm todos os privilégios na sociedade. Afinal, o homem não se torna homem só porque é pai, ele não recebe menos por ser  homem, não tem menos chances no mercado de trabalho porque é homem, não é descartado porque ficou gordo, velho ou grávido, não é tratado como invasor da profissão alheia só porque é homem… Quem reclama que não tem um dia do homem é um egoísta que está chorando de barriga cheia.

Pergunte se ele quer trocar de lugar com uma mulher, assim ele vai ter um dia pra ele; você vai ouvir a resposta negativa mais escandalosa do mundo. Na verdade, ele odeia tanto as mulheres que acha que elas só servem pra ficar caladas, fazendo serviços domésticos e sexuais, e enfeitando o ambiente. Mudas, é claro, pois se reivindicarem qualquer coisa (inclusive uma data de luta), estão exagerando os problemas pra chamar a atenção. E, caso não tenham entendido ainda, só ele pode chamar a atenção…



os outros 364 dias são do homem, huahuahua

esse aí parou o cérebro na época da ditadura militar. Naquela época, todas as datas eram pra elogiar o status quo, e esconder o tanto de coisas que eram mantidas erradas à força. Com a democracia, voltamos a colocar o dedo na ferida e as datas ditas comemorativas se tornaram datas problematizadoras, pois elas dão visibilidade a questões que muitos homens querem esconder, especialmente se o assunto for sexismo. Se o homem tem orgulho de usar a força (das mãos, da lei, das armas, da religião, da mídia) para manter seu status de dominador, e ainda ri disso, é sinal que está completamente em descompasso com o mundo atual e que não respeita mulher nenhuma. É um insensível e, no mínimo, omisso em relação à violência contra as mulheres. E é triste ver alguém tão estúpido ter orgulho dessa estupidez.



pra quê um dia desses? Vocês já são iguais a nós!

esse aí não leu meu post do ano passado. Provavelmente, a última coisa que ele leu foi que a Constituição da República declarou que homens e mulheres têm direitos iguais. De lá pra cá, não leu mais jornais nem revistas, não assistiu televisão nem conversou com ninguém, pois não sabe que a igualdade de fato está longe de ser alcançada. Tivemos de fazer uma lei pra combater violência doméstica, ainda precisamos de pressão política para melhorar as condições de trabalho, saúde e educação das mulheres, e falta acabar com o sexismo em todas as suas formas. Que igualdade é essa que tem tantas  distorções e necessidade de correções? Conversar com gente desatualizada é terrível… pior ainda é quando têm orgulho de estar, pelo menos, 20 anos atrasados…



o dia é de comemoração, e você vai reclamar?

outro que parou na época dos militares e acha que tudo é pra comemorar. A
vida dele é uma festa, e ele não percebe que a vida das mulheres
raramente é assim. A vantagem é que, querendo ou não, ele vai ter de
ouvir as reclamações. Quem sabe alguma delas entra na sua cabecinha
retrógrada e muda alguma coisa – pra melhor – na vida das mulheres que
convivem com ele?



continue a ser essa mulher linda, doce, gentil e afetuosa que você é

aviso para as mulheres: se vocês não são lindas, doces, gentis,
afetuosas nem sensíveis o tempo todo, vocês não são mulheres. Favor
passarem para a categoria “inadequada”, pois não sabemos o que vocês
são. Homens são homens, não importa suas características. Até os
trogloditas consideram que dizer que um homem é gentil pode ser um
elogio. Mas, seguindo a lógica do machista, uma mulher, quando não é
gentil, deixa de ser mulher. Aí a gente volta pra aquele modelo do
primeiro exemplo: mulher só é mulher quando se torna um vaso de flores
gigante e mudo.

E ainda acham que estão nos parabenizando…

http://cynthiasemiramis.org/2008/03/07/os-machistas-no-dia-internacional-da-mulher/
 
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